Maio é o Mês de Combate ao Glaucoma, doença que afeta o nervo óptico e é uma das principais causas de cegueira. A estimativa é que mais de 600 mil brasileiros não saibam que possuem essa enfermidade e que impacta, assim, cerca de 1 milhão de pessoas no país, segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Por isso, alertamos para a importância da realização de exames de rotina que devem ser feitos para que a doença não leve o paciente a cegueira.

Dr. Lucas Borges Fortes, que é oftalmologista e especialista em Glaucoma, explica que a doença é causada, principalmente, pela elevação da pressão intraocular que compromete a visão do paciente. Em grande parte dos casos, se desenvolve de forma lenta, ao longo de meses ou anos, sem ter nenhum sintoma. É uma doença crônica que infelizmente não tem cura, mas que pode ser controlada com acompanhamento médico constante.

Para diagnosticar o glaucoma é necessário estar atento aos sinais. Pressão intraocular acima da média e alterações no nervo ótico – perceptível no exame de fundo de olho – são os dois principais sintomas. Porém, 80% dos casos de glaucoma não apresentam sintomas. Ela afeta a visão periférica e quando a doença atinge estado avançado ocorre a perda da visão periférica central.

Há vários tipos de glaucoma, porém existem quatro que são os mais comuns:

– Glaucoma primário de ângulo aberto: acontece aumento da pressão ocular que pode não ter sintomas; geralmente afeta pessoas acima dos 40 anos e representa 80% dos casos.

– Glaucoma primário de ângulo fechado: ocorre crise de glaucoma agudo, aumento súbito da pressão intraocular, visão embaçada, dor intensa, náuseas e vômitos.

– Glaucoma congênito: ocorre em recém-nascidos e crianças, porém é mais raro; apresenta os sintomas de assimetria do tamanho dos olhos e diminuição do brilho ocular.

– Glaucoma secundário: ocorre em decorrência de outras doenças, como diabetes e catarata.

A doença ocorre com maior propensão em pessoas acima de 40 anos, negras, que tenham diabetes, pressão alta, alta miopia ou que tenham sofrido algum trauma ocular. Além disso, o histórico familiar também é fator importante. 6% de pessoas com glaucoma já tiveram outro caso na família.

A doença tem prevenção que se for seguido de forma correta pode evitar complicações maiores. Alguns deles são:

– Cuidar regularmente da saúde de seus olhos realizando exames de rotina;

– Conhecer o histórico de sua família em relação a doenças oculares, pois ele tende a ocorrer em pessoas que tem familiares com a doença;

– Pratique exercícios físicos com assiduidade, pois isso ajuda a reduzir a pressão dos olhos;

– Use apenas colírios prescritos pelo seu oftalmologista, pois o uso deles reduz o risco da alta pressão ocular se agravar para um glaucoma;

– Evite lesões oculares utilizando proteção nos olhos, principalmente na prática de esportes.

Se a doença for detectada, o tratamento se dará por meio do uso de colírios que diminuirão a pressão intraocular, evitando o agravamento da doença. Mas o dano ocorrido não pode ser revertido, sendo necessário, em muitos casos, o tratamento a laser ou até mesmo a cirurgia. Apenas exames oftalmológicos feitos com cuidado – exame de fundo do olho, medição da pressão intraocular e exame do campo visual – conseguem fazer o diagnóstico do glaucoma.

Faça exames de rotina regularmente com o seu oftalmologista. Agende sua consulta em uma das Unidades do Grupo São Pietro pelo WhatsApp: (51) 3135-4444.