O que é o Glaucoma?

É uma doença que atinge os olhos, mais precisamente o nervo óptico. O glaucoma é uma neuropatia óptica que faz com que a pessoa perca aos poucos o campo visual. A pessoa vai ficando cega sem perceber que tem a doença. O principal sintoma do glaucoma é o aumento da pressão intraocular em que as fibras nervosas da retina vão morrendo causando a perda da visão.
O glaucoma é uma doença que acomete o nervo óptico, mais comum em pessoas mais velhas, sendo mais rara em jovens e crianças.

O glaucoma não tem cura, mas tem tratamento.

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento do glaucoma?

– Idade: quanto mais velho for o paciente, maior o risco de desenvolver glaucoma;

– Pacientes com Diabetes;

– Pacientes afro-descendentes;

– Pacientes com miopia;

– Pacientes que tenham a córnea mais fina;

– Histórico familiar: se há casos de glaucoma na família, as chances da pessoa desenvolver a doença são maiores.

O Glaucoma afeta os dois olhos?

Normalmente o glaucoma é bilateral – afeta ambos os olhos –, podendo ser assimétrico, em que um dos olhos tem um acometimento maior do que o outro. Porém, existe a possibilidade do paciente ter um glaucoma unilateral, ou seja, em apenas um dos olhos.

Quais as complicações do Glaucoma?

Se a doença não for tratada, o paciente irá perder as fibras nervosas da retina gradativamente até ficar completamente cego. E isso é irreversível.

Criança pode ter Glaucoma?

Sim. Crianças podem ter glaucoma. Inclusive um dos principais tipos de glaucoma, o Glaucoma Congênito, afeta os bebês. O Glaucoma Congênito é uma entidade separada, porque não é a mesma doença. Embora seja um tipo de glaucoma, apresenta outros tipos de patogenia. Ou seja, a origem dela é diferente dos demais tipos de glaucoma. 

Existe ainda um subtipo de glaucoma juvenil que também atinge pessoas mais jovens e que não é congênito. Esse subtipo de glaucoma normalmente é bem agressivo por serem compressões bem altas e normalmente os pacientes são mais sintomáticos.

Como prevenir o Glaucoma?

A forma de prevenção à doença é consultar com o oftalmologista regularmente, pois como o glaucoma não costuma dar sintomas, a forma de descobrir se a pessoa tem a doença é através de exames oftalmológicos específicos como o exame de fundo de olho – para avaliar o nervo óptico e a retina – e a verificação da pressão intraocular. 

Quais os tratamentos para o Glaucoma?

A forma de tratar o glaucoma é controlar a pressão intraocular para evitar que as fibras nervosas da retina sigam morrendo. Porém, se a pessoa já tem um glaucoma muito avançado, o tratamento não fará com que a doença retroceda. Ele apenas fará com que a doença não avance mais. Ou seja, ela vai estagnar no estágio em que está.

Os tratamentos, em um primeiro momento, podem ser diferentes para cada tipo de glaucoma. Mas os principais tratamentos para a doença são:

– Tratamento com colírios – combinando tipos de diferentes do medicamento para fazer com que a pressão ocular diminua;

– Remoção do cristalino – cirurgia de catarata (em alguns casos de pacientes de mais idade com glaucoma de ângulo fechado);

– Tratamento a laser para fazer um “furinho” na íris – em casos de glaucoma agudo e glaucoma de ângulo fechado;

– Tratamento com um laser chamado trabeculoplastia seletiva. É um laser aplicado na área do trabeculado, onde ele é modulado para drenar melhor o humor aquoso, ou seja, para que funcione melhor – para casos de glaucoma de ângulo aberto. Porém, existe o risco desse tratamento não causar efeito no paciente;

– Trabeculectomia – cirurgia feita em casos de glaucomas mais avançados em que os tratamentos prévios não funcionaram;

– Cirurgia angular – cirurgia em que é mexido no ângulo do paciente, controlando a pressão ocular, evitando que a doença progrida. Pode ser realizada em pacientes que já realizaram a cirurgia de catarata ou conjuntamente com a cirurgia de catarata.

Para entender melhor os tratamentos e avaliar a saúde dos seus olhos, procure um oftalmologista.