A injeção intravítrea é uma forma de tratamento para doenças da retina, que se tornou bastante utilizada, principalmente nos últimos 10 anos no Brasil. Essa forma de tratamento consiste na administração de medicação dentro do olho, mais especificamente dentro da cavidade vítrea.

Existem dois tipos principais de medicamentos que podem ser administrados: os antiangiogênicos e corticoides.Também podem ser administrados antibióticos e antifúngicos. Os antiangiogênicos são utilizados para o tratamento da degeneração macular relacionada à idade (DMRI), retinopatia diabética e oclusão de veia da retina.

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma doença que acomete indivíduos acima dos 55 anos de idade, e pode levar à perda da visão central. A retinopatia diabética é uma complicação tardia da diabetes, que pode evoluir para cegueira. O antiangiogênico é geralmente utilizado para tratar o edema macular diabético. A oclusão de veia da retina acontece quando um coágulo ou

trombo obstrui esse vaso, levando a uma baixa súbita divisão, também pode ser tratada com antiangiogênico.

As medicações anti angiogênicas mais comuns são: Bevacizumabe (Avastin®), Ranibizumabe (Lucentis®) e Aflibercept (Eylea®). Novos medicamentos antiangiogênicos já estão presentes no mercado.

Corticoides são outros medicamentos que também podem ser administrados na injeção intravítrea. Por serem potentes anti inflamatórios, os corticóides são utilizados em casos de uveíte (inflamação intraocular) e retinopatia diabética.

Antibióticos e fungicidas são utilizados em caso de infecção intraocular de natureza bacteriana e fúngica, respectivamente.

Desta forma, a injeção intravítrea revolucionou a forma de tratar doenças intraoculares, principalmente as doenças da retina, permitindo manter e recuperar a visão de milhares de pessoas, que até então não apresentava tratamento.

Dr. Cláudio de Lima Yamane

Médico Oftalmologista Especialista em Retina

Mestre em Oftalmologia pela UFF – Universidade Federal Fluminense CREMERJ: 705322